Travessia do estreito de Bósforo na Turquia (Istambul) e um pouco de Grécia e Búlgária

01 São Paulo/Istambul                   
Saímos de Florianópolis na terça feira as 19h59minh. De São Paulo para Istambul embarcamos no Airbus da Turquish Airlines. Aparentemente é a única empresa que faz voos diretos da América do Sul para Istambul. Foram 12h21minh de voo. Saímos de São Paulo às 03h14minh e chegamos ás 21h35min.  Nesta época do ano são 6h de diferença no fuso horário, o que deixa alguns viajantes como eu muito aturdidos. 
                                                                                                   
Como nosso destino final é a Grécia, fomos para o hotel pela própria empresa aérea para um brevíssimo pernoite. Mas já deu para ter uma idéia sobre a cidade de Istambul, antigamente chamada Constantinopla. Uma megalópole cosmopolita, aonde  convivem, lado a lado, o antigo e o moderno. Istambul, uma cidade limpa e bem cuidada causou uma boa impressão na breve visita noturna.
Vista noturna de Istambul - Ao fundo uma mesquita com seus minaretes.
 
02 Istambul/Atenas/Korinto/Zakintos
Cedinho, às 3h da manhã acordar, café da manhã as 03h30minh e 4h sair para o aeroporto. Ufa!
Em 01h25minh chegamos a Atenas. Minha nossa! Me senti um analfabeto. Não consigo ler nada.  As placas estão escritas em grego! Evidente.

Placa na entrada do centro arqueológico de Olímpia Antiga.

       
Fomos direto para Korinto, ver o histórico canal cavado à mão para permitir a navegação mais rápida entre o mar de Korinto e o Egeu. Para a época em que foi feito sem ferramentas mecanizadas foi um trabalho impressionante.



Depois fomos nadar numa praia ali perto. Após o almoço, seguimos num confortável ferryboat, para Zaquintos uma das belíssimas ilhas gregas.
Ficamos numa pousada muito simpática. Nosso quarto ficava numa construção na forma de moinho de vento. Lindo e sensacional!
 

03 Zaquintos/Olympia Antiga/Atenas
Logo pela manhã fomos de barco visitar as Blue Caves, cavernas formadas pela erosão nas paredes escarpadas da ilha de Zaquintos. Dentro delas o reflexo da luz do sol deixa a impressão de que a água é azul. O efeito é impressionante. Os barqueiros experientes conseguem entrar nelas com barcos enormes. Também aproveitamos para mergulhar e nadar naquela água especial.



Depois fomos visitar uma das praias mais famosas do mundo: praia do naufrágio. Nela há um enorme navio encalhado na areia branca resultando em um contraste inesperado. A água, fruto da cor do fundo do mar e do reflexo do sol, parece ser azul piscina. O conjunto é surreal. Uma pintura! 


Depois voltamos para Atenas. Mas ainda passamos pelo sítio arqueológico de Olímpia, local aonde nasceram os jogos olímpicos.
 


 
04 mini cruzeiro mar Egeu Hidra Poros e Egina
Havia grande expectativa para este dia, pois era o dia de viajar pelo Mar Egeu e visitar as famosas ilhas gregas.
Saímos do porto de Pireus, o mar muito calmo nos aguardava e a navegação foi muito tranquila. A primeira ilha que visitamos foi Hidra, pequena e charmosa o estilo de vida parece ter  parado no tempo. Não há automóveis e o transporte terrestre é feito por cavalos e burros, não há fontes de água e a da chuva é armazenada em cisternas sob as casas.



A ilha Poros é a mais próxima do continente o que a torna densamente povoada. A última a ser visitada foi Egina. Uma das suas    características principais é ser um centro produtor dos deliciosos pistaches. Os arbustos que produzem estão em toda parte.



Terminamos a noite com um jantar de frutos do mar.
 
 
05 Sofia
Acordamos depois de uma noite reparadora no excelente hotel Budapest.
O programa do dia era andar pela cidade e visitar as atrações. As maiores atrações da cidade são as igrejas, algumas delas milenares.
A população da Bulgária é predominantemente católica ortodoxa.
Então, as igrejas são quase todas ortodoxas búlgaras com forte influência russa. Todas são muito bonitas por fora, por dentro também são bonitas apesar da aparência lúgubre em função da fumaça das velas acesas por centenas de anos.

 
A mais interessante é a de São Jorge que é a mais antiga edificação da cidade. Foi construída pelos romanos no século V.
Assim foi a nossa breve estada na Bulgária.
 
06 de volta para Istambul
Em Istambul nossa casa foi  um simpático e bem localizado hotel situado perto do mar.
A maioria foi para o banho turco. Uns gostaram muito outros nem tanto.
Pelo que me contaram foi um banho bem caro.
Aliás, por falar em preços, com a desvalorização do real, em julho de 2013, eles são desfavoráveis para os brasileiros.                
Eu resolvi ficar perambulando pelo calçadão que há na orla pertinho do hotel.
Foi uma opção acertada. Eu estava cansado da correria dos primeiros dias e do ajuste ao novo fuso horário 6h na frente do Brasil.
Depois de caminhar um pouco, ou simplesmente ficar sentado na sombra à beira mar eu já estava melhor. Então entrei na água fria e fui nadar no mar de Marmara.
 
07 segundo dia em Istambul
Saímos cedo para um tour guiado a pé pelo centro antigo de Istambul.  Nossa guia falava português! Isso foi muito bom.
Começamos pela Mesquita Mehmet ou Mesquita azul, como também é conhecida. As mesquitas são templos muçulmanos. Há mais de 1000 em Istambul. Esta que visitamos é a mais famosa e a única com seis minaretes. Linda!



Depois passamos pela Igreja de Santa Sofia um exemplar magnífico da arquitetura bizantina.


Passamos pelo hipódromo romano e depois pelo impressionante palácio Topikapi aonde vivia o Sultão com 4000 cortesãos.
Fim do dia: nadar no Marmara. Depois jantar agradável pela companhia dos colegas de viagem.
 
08 Istambul/Kaissery/Goreme/Capadócia
Pela manhã fomos dar uma voltinha no Gran Bazar que é provavelmente um dos maiores centros de comércio do mundo. De fato, são 4000 lojinhas que vendem quase tudo. Consegui sair invicto de lá: não comprei nada! Uma coisa interessante que percebemos é que lá só trabalham homens. Outra coisa interessante é que eles insistem muito para que a gente entre nas lojas e ficam brabos se a gente não entra. É desagradável!


                               
Em seguida pegamos um voo para Kaissery e depois Kaissery na região da Capadócia. Dali fomos de ônibus para a cidade de Goreme.
Ficamos em uma simpática pousada construída aproveitando as formações rochosas típicas da região.
Depois fomos dormir cedo, pois no amanhecer teríamos o esperado voo de balão.
 
09 Capadócia
Levantamos às 4 horas da manhã e fomos para a área de decolagem dos balões. Havia muitos, parecia que brotavam do chão, pois surgiam por detrás das formações rochosas. Eram uns 100. O efeito visual é indescritível
Entramos na cesta, umas 20 pessoas, o balão enorme começou a subir. O passeio é tão suave e estável que não se sente nada.
O piloto tem apenas o controle da subida e da descida do balão. Também consegue girá-lo. Mas é incrível como somente com estes comandos ele consegue controlá-lo razoavelmente. Do alto a paisagem é impressionante ainda mais com aquele número de balões colorindo o céu. Foi uma hora de deslumbramento.


De tarde alugamos um quadriciclo motorizado e fomos percorrer trilhas bem íngremes. Nos divertimos muito!

 
10 Capadócia/Istambul
De manhã fomos conhecer uma antiga cidade subterrânea. Há muitas na região. Escavadas na rocha vulcânica elas tem até 120m de profundidade. Serviam de abrigo para os habitantes se protegerem de invasores. Então havia lugar para os animais e para as pessoas. Tudo muito organizado e com um sistema de ventilação e climatização que funciona até hoje. Já não mora mais ninguém lá. Mas ainda é possível identificar claramente todas as instalações: alojamentos, templos, padaria, cozinhas, lavanderia, etc.




  Voltamos para Istambul. É a última vez nesta viagem que vamos pousar lá. Foram quatro vezes em poucos dias.  
A primeira atitude foi correr para o mar e nadar um pouco.


 
11 Istambul
Dia da esperada travessia do Bósforo, principal motivo da viagem. Bem cedinho fomos para o local aonde seriam entregues os kits e sairiam os barcos levando os atletas para o lado asiático de Istambul. Fomos um dos primeiros grupos a chegar. A organização era impressionante. Havia um kit com o chip, a touca, o crachá e detalhes como um chinelinho descartável para ser usado durante a ida para a largada. Embarcamos em dois barcos enormes que nos levaram pelo Bósforo até o local da partida. A largada foi dada sobre um tapete eletrônico que registra a saída do atleta no exato momento em que ele parte. O percurso não tinha nenhuma sinalização, só pontos de referência pré-existentes.  A orientação era um dos desafios. Todos do nosso grupo conseguiram. Nadamos da Ásia até a Europa!   Fizemos em média1hora.
 
12 Istambul
Dia após a travessia intercontinental estávamos cansados e felizes. Dia livre para andar de ônibus turístico. Visitar o bazar Egípcio e apreciar as belas lojinhas de doces, especiarias e outras bugigangas. Eu e o Leandro fomos cruzar o estreito por uma das duas enormes pontes de Istambul. Foi uma epopéia. Uma parte de metrô de superfície, uma parte a pé e a última de táxi com um motorista muito simpático mas que só falava turco. A... Ele falava os nomes de vários jogadores de futebol brasileiros, o que não ajudava muito. Mas com boa vontade ele nos ajudou a ver de cima da ponte o percurso que fizemos pela água. É uma visão impressionante até para nadadores de águas abertas experientes.
 
13 Istambul/São Paulo/Florianópolis
Nosso voo pela Turkish Airlines, a excelente empresa aérea turca saiu do Halimalinavi Ataturk de Istambul direto para São Paulo. Um voo tranquilo de quase 14 horas de duração.
Deixamos para trás um país lindo, limpo, tranquilo e organizado. Povo bem educado quase não há consumo de álcool. Por onde passamos sempre havia alguém que falava inglês mesmo que às vezes rudimentar.
Levamos muitas lembranças boas e poucas ruins.
Nestes dias de viagem pela Turquia, Grécia e Bulgária, eu voltaria nos dois primeiros países.
Mas no geral foi uma boa viagem.
Além de mais uma travessia internacional para o currículo.
 
 
 

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