Mergulho e natação em Fernando de Noronha.
Foi
uma viagem rápida e decidida quase instintivamente. Já fazia um bom tempo que planejávamos nadar
e mergulhar naqueles mares. Nada muito planejado e organizado como outras que
nós já fizemos. Talvez por isso tenha sido tão bom.
Primeiro
dia
Florianópolis,
Campinas, Recife e Fernando de Noronha.
Saímos
bem cedo para o aeroporto.
Lá
encontramos com os nossos companheiros de jornada: Marcos (nosso guia),
Valdinei, Osvaldo, Roberta, Fabricia, Álvaro e Daniela. Além da Vitória e eu
(Osni).
Só
para variar e para motivo de gozação "alguém" que não vamos dizer o
nome, só que começa com "M", esqueceu em casa a mochila que tinha,
entre outras coisas menos importantes, as camisetas que iriam identificar o
grupo.
A
viagem de avião foi muito tranquila e sem nenhum problema. O pitoresco foi que
a viagem entre Recife e Fernando de Noronha é feita nos aviões ATR, aeronaves
pequenas mas bem confortáveis. A chegada e o pouso foram um espetáculo. Aquele arquipélago isolado no meio do oceano
Atlântico visto de cima é muito lindo com um litoral cheio de praias e costões
cada um diferente do outro.
Assim
que chegamos fomos direto a pousada Mabuya. Fica na Vila do Trinta. Bem simples
mas muito limpa e organizada. A dona
Ilza nos recebeu muito atenciosa e isso se manteve durante toda a nossa
permanência.
Uma
vez instalados, fomos dar uma corrida. Aproveitamos a passarela que existe ao
longo da BR 363 (única na ilha e com 7.5 Km de extensão) e corremos até o porto
e voltamos. Foi muito bom.
Depois
fomos em busca do jantar.
Depois
de algumas indicações fomos num boteco com nome bonito de "Restaurante do
..." . Só tinha uma pessoa lá. Ele era o cozinheiro, garçom, caixa e ainda
pescava o peixe que vendia ali num prato com feijão e arroz. Foi nossa primeira
experiência com os preços da ilha. Nossa! É tudo muito caro e em alguns lugares
a higiene não é lá essas coisas. Por exemplo uma cerveja long neck pode custar
15 reais.
Segundo
dia
Levantamos
cedo pois queríamos aproveitar bem o dia.
Depois
do café descemos para a área do porto para fazer um "aquasub".
Consiste em ser rebocado por uma lancha segurando uma pequena lâmina de
acrílico usando uma máscara de mergulho e um snorkel. Dependendo do modo que
você inclina a lâmina, desce em direção ao fundo e depois sobe rapidamente para a tona. Foi ali que tivemos o nosso primeiro contato
com o mar de Noronha. Já consegui ver
ali muitos peixes, um pequeno tubarão e algumas tartarugas de pente. Foi muito bom!
Pulamos
da lancha do aquasub para a da operadora de mergulho, pois tínhamos contratado
dois mergulhos para aquele dia. Fomos eu, a Vitória e o Valdinei mergulhadores
certificados. Também convencemos a
Fabricia a fazer o seu batismo lá.
Eu
e a Vitória já tínhamos feito mais de 20 mergulhos mas estávamos três anos sem
submergir. No começo, como prevíamos foi
um pouco difícil. Mas aos poucos fomos nós soltando e melhorando a nossa
performance. Os instrutores da Atlantis foram muito gentis e nos ajudaram
bastante. Especialmente o Otávio e o Vitor.
Mergulhar
em Noronha é uma experiência ímpar. A
visibilidade na água em um dia ruim excede os 25 metros. Lá existem muitos dos
melhores pontos de mergulho do mundo. Como o vento era de sueste o local escolhido
foi Buraco do Cação ao lado da Ilha do Meio um local bem calmo e protegido do
vento.
Há
uma vida muito diversificada ali embaixo. Foram muitos peixes de várias as
espécie e cores. Tartarugas, lagostas, raias e para a nossa surpresa havia
vários tubarões. Fizemos duas submersões
no mesmo lugar. No final já estávamos
bem mais soltos e tínhamos recuperado a nossa confiança, então pudemos
aproveitar bem mais as belezas do local.
Nesse
dia, encontramos um restaurantinho, com um buffet por quilo que se tornou nosso
local de almoço preferido. Não era nenhuma maravilha mas quebrou o galho.
Terceiro dia
Levantamos bem cedinho. Em Fernando de Noronha há uma diferença de fuso horário de uma hora. Ou seja, lá é uma hora na frente do horário de Brasília. Isso atrapalha um pouco no começo, mas depois acostuma. Nesse dia tínhamos mais dois mergulhos outra vez. O primeiro foi ali na Ilha do Meio. Vimos basicamente os mesmos peixes. Mas encontramos uma tartaruga de pente enorme. Deveria pesar um 500 kilos. Estava comendo e continuou fazendo isso. Nem deu bola para nós.
Depois de um breve descanso descemos outra vez, agora no Canal da Ilha Rata. Fomos lá para encontrar os golfinhos que logo apareceram e passaram a seguir o nosso barco. Nós tivemos que descer rápido, pois o mar ali estava bem agitado. Afundamos 22 metros e encontramos outra vez uma fauna exuberante. Muitos
tubarões que passavam por nós sem se importar com a nossa
presença. Lagostas enormes nos olhavam curiosas de dentro das suas
tocas. Um cardume enorme de Sargos estava docilmente embaixo de um
lageado nos esperando para as fotos.Levantamos bem cedinho. Em Fernando de Noronha há uma diferença de fuso horário de uma hora. Ou seja, lá é uma hora na frente do horário de Brasília. Isso atrapalha um pouco no começo, mas depois acostuma. Nesse dia tínhamos mais dois mergulhos outra vez. O primeiro foi ali na Ilha do Meio. Vimos basicamente os mesmos peixes. Mas encontramos uma tartaruga de pente enorme. Deveria pesar um 500 kilos. Estava comendo e continuou fazendo isso. Nem deu bola para nós.
Depois de um breve descanso descemos outra vez, agora no Canal da Ilha Rata. Fomos lá para encontrar os golfinhos que logo apareceram e passaram a seguir o nosso barco. Nós tivemos que descer rápido, pois o mar ali estava bem agitado. Afundamos 22 metros e encontramos outra vez uma fauna exuberante. Muitos
No final desse mergulho os instrutores nos falaram da possibilidade de fazer um mergulho noturno. Nós topamos de cara pois ainda não tínhamos feito um.
Descansamos toda à tarde. As 18 h já estávamos lá no porto de novo esperando o barco da Atlantis.
Fomos lá para a Ilha do Meio para fazer a nossa aventura noturna.
Depois de um briefing para relembrar as principais orientações e combinar o roteiro, devidamente equipados e com lanternas, pulamos no azul escuro do mar. Afundamos com nossas lanternas ligadas. Estávamos todos um pouco tensos. Nos reunimos lá no fundo e ficou tudo muito calmo e a tranquilidade voltou. Os bichos da noite são muito diferentes dos do dia. Os peixes miúdos sumiram. Só ficaram os grandões.
Eu fui o primeiro a ver um bicho diferente: uma tamarutaca ou lagosta sapateira passou apressada com suas patinhas minúsculas e foi se camuflar na vegetação. Logo em seguida encontramos um enorme tubarão lixa de uns 3 metros adormecido dentro de uma caverna. Mais a frente reencontramos aquela tartaruga enorme que já havíamos visto. Mas desta vez ela estava dormindo profundamente numa toca. De repente , acordou subiu, respirou e voltou para o mesmo local dormindo outra vez. Vimos também o belo camarão palhaço.
Enfim foi uma experiência inesquecível. Durou 40 minutos. Depois fomos comemorar jantando em um ótimo restaurante perto do porto. Prato que escolhemos: peixe!
Quarto dia
Mais um dia no mar. Começamos com a natação. O Marcos estabeleceu um percurso que começava na praia do Porto e ia até na praia da Conceição num total de uns 2500 m aproximadamente. Nós alugamos uma canoa havaiana e as mulheres e o Osvaldo que não estavam treinados para fazer aquele percurso foram remando e nos acompanhando. No meio do percurso eu escutei um barulho muito forte.
Achei
que tinha um avião voando baixo por ali. Mas não vi nenhum avião. Então
notei que o ruído semelhante ao urro de um leão vinha de um rochedo. Quando as
ondas batiam ali provocaram a passagem do ar por uma fenda estreita fazendo
aquele ruído. Imaginei alguém passando ali navegando sozinho à noite. Deve ser
assustador. Mais um dia no mar. Começamos com a natação. O Marcos estabeleceu um percurso que começava na praia do Porto e ia até na praia da Conceição num total de uns 2500 m aproximadamente. Nós alugamos uma canoa havaiana e as mulheres e o Osvaldo que não estavam treinados para fazer aquele percurso foram remando e nos acompanhando. No meio do percurso eu escutei um barulho muito forte.
Depois da nadada, deixamos as mulheres na Conceição e voltamos remando a canoa havaiana. A Roberta foi a timoneira gritando o mais alto que podia "Hip Ho". Eu nunca tinha feito isso é achei sensacional. Excelente exercício para os braços, o tronco e as pernas.
Depois de almoçar voltamos ao mar? Agora para um tour de barco pelo mar de dentro e sua belíssima costa. Fomos até o "Buraco da Raquel". Uma buraco enorme numa rocha à beira mar feito pela erosão marítima.
Na volta ainda encontramos tempo e forças para cair na água na belíssima praia do Sancho.
Foi nosso último contato com o mar de Noronha.
A noite eu a Vitória, o Álvaro e a Daniela fomos jantar para comemorar o fim da nossa viagem. Que foi ótima.
Quinto dia
No dia da viagem de volta eu sempre gosto de fazer as coisas com calma.
Então acordamos só quando abrimos os olhos, fomos para o simples mas delicioso café da pousada sempre acompanhado de deliciosas tapiocas feitas na hora e ao gosto de cada um.
Depois, eu e Valdinei, fomos à operadora de mergulhos escolher as fotos para comprar.
Saímos deixando para trás a impressão de que temos que voltar lá para fazer outras coisas que não deu tempo para fazer desta vez. Por exemplo, percorrer a ilha por terra e mergulhar no naufrágio da corveta.
Quem sabe um dia voltamos?
No dia da viagem de volta eu sempre gosto de fazer as coisas com calma.
Então acordamos só quando abrimos os olhos, fomos para o simples mas delicioso café da pousada sempre acompanhado de deliciosas tapiocas feitas na hora e ao gosto de cada um.
Depois, eu e Valdinei, fomos à operadora de mergulhos escolher as fotos para comprar.
Saímos deixando para trás a impressão de que temos que voltar lá para fazer outras coisas que não deu tempo para fazer desta vez. Por exemplo, percorrer a ilha por terra e mergulhar no naufrágio da corveta.
Quem sabe um dia voltamos?
Gostaria de fazer uma pergunta ao senhor, se possível: quando começou a nadar, o que pelo entendi foi em 2007, depois de ter fumado por 35 anos, quantos anos tinha?
ResponderExcluir